Não são apenas as tartarugas, algumas aves e várias espécies de
tubarões, que se reproduzem em regiões rasas do nosso litoral, que
correm o risco de desaparecer causando um impacto de proporções
imprevisíveis na cadeia alimentar marinha.
A toninha, menor espécie de golfinhos do mundo, endêmica da região sul do Brasil e das costas do Uruguai e da Argentina, também está seriamente ameaçada de extinção devido à pesca de emalhe – realizada com rede, mas de forma aleatória, pesca espécies diversas sem distinção.
Cetáceo encontrado na América do Sul, a toninha está em risco de extinção, além de bastante ameaçada pela pesca de emalhe – modalidade feita com as chamadas redes de pesca passivas, nas quais os animais ficam presos em suas malhas devido ao seu próprio movimento. O alerta é do pesquisador do Laboratório de Mamíferos Marinhos da Universidade Federal do Rio Grande (UFRG), Emanuel Carvalho Ferreira.
A toninha, menor espécie de golfinhos do mundo, endêmica da região sul do Brasil e das costas do Uruguai e da Argentina, também está seriamente ameaçada de extinção devido à pesca de emalhe – realizada com rede, mas de forma aleatória, pesca espécies diversas sem distinção.
Cetáceo encontrado na América do Sul, a toninha está em risco de extinção, além de bastante ameaçada pela pesca de emalhe – modalidade feita com as chamadas redes de pesca passivas, nas quais os animais ficam presos em suas malhas devido ao seu próprio movimento. O alerta é do pesquisador do Laboratório de Mamíferos Marinhos da Universidade Federal do Rio Grande (UFRG), Emanuel Carvalho Ferreira.
A pesca de emalhe acaba levando à captura acidental e à morte de quase mil toninhas por ano, somente no Rio Grande do Sul, disse o pesquisador à Agência Brasil. Ele é autor da pesquisa A Mortalidade de Toninhas nas Pescarias de Emalhe na Costa Sul do Rio Grande do Sul. O estudo constatou que, se fosse proibida a pesca em águas consideradas rasas, a área de proteção ambiental poderia diminuir em até 75% a captura desses animais. Ferreira explicou que a pescaria de emalhe vai de 5 a 150 metros de profundidade. “É uma pescaria direcionada para peixes de fundo”.
A pesca de emalhe é denominada passiva porque a rede é deixada na
água por algumas horas antes de ser recolhida. “Hoje em dia o problema é
com o tamanho das redes”, disse o pesquisador. Até pouco tempo
encontravam-se redes com até 35 quilômetros de extensão. “Uma rede com
35 quilômetros de extensão deixada no mar por seis a oito horas, vira
uma barreira não só para a toninha, mas para qualquer espécie de vida
marinha que pode ser capturada pela pesca”.
Ferreira quer sensibilizar as autoridades governamentais para que
delimitem a pesca de emalhe somente para águas profundas e que as redes
atinjam o tamanho de 7,5 quilômetros de extensão, fixado como
preferencial para essa prática no Plano Nacional para a Conservação da
Toninha, elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
No ano passado saiu a regulamentação desse tipo de pesca. A norma
estabelece o escalonamento do tamanho das redes. Enquanto na costa do
Rio Grande do Sul, as embarcações grandes não podem levar redes com mais
de 16 quilômetros, em outros estados, como Espírito Santo, Rio de
Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina, são permitidas redes com
até 18 quilômetros de extensão.
“É preciso diminuir mais”, disse Ferreira. Para ele, o escalonamento
é um ponto de partida, embora o ideal, preconizado no Plano Nacional
para a Conservação da Toninha, sejam redes com até 7,5 quilômetros. O
plano determina que o tamanho das redes diminua de forma gradual ao
longo dos anos. Ferreira defende que isso ocorra com urgência, uma vez
que essa modalidade de pesca não ameaça somente a toninha.
“Atinge espécies de tartarugas, algumas aves e espécies de tubarões
ameaçados de extinção, que se reproduzem em regiões rasas”. É o caso do
tubarão-cação anjo, cuja captura comercial já está proibida. Se a pesca
for proibida nessas regiões, o pesquisador acredita que o ecossistema
marinho será preservado.
Do Blog ECOnsCiência
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