Muitas são as pessoas buscam um cão para servir de companhia. Mas,
para que isso não se transforme em uma grande dor de cabeça após o seu desaparecimento, é preciso saber prevenir
esta situação. É essencial começar a educá-lo desde o primeiro dia que
chegar a sua residência. Deve-se deixar bem claro onde é o seu
território, onde ele deve dormir, brincar, comer e fazer as
necessidades. Em pouco tempo ele vai começar a demarcar o seu território
e reconhecer o local como seu lar.
Do Petnarede
Os cães têm uma enorme necessidade de ter e ver todas as posições hierárquicas claramente definidas e ocupadas. Deverá receber disciplina
e ter limites bem definidos, adquiridos através do adestramento
adequado, aquele que respeita as características do animal. Cada cão tem
seu próprio tempo para entender as instruções. Usar recompensas
positivas é uma forma muito eficiente de treinar um cão, muito melhor do
que empregar disciplina
punitiva. A comida é uma ótima recompensa, tão poderosa que alguns cães
vão se esquecer de que estão sendo treinados a fim de recebê-la.
O tutor deve sempre manifestar o seu amor e carinho, isto permitirá que o animal se sinta seguro
e feliz na casa onde mora. Palavras de elogio, também funcionam para
que ele se adapte ao local. A esterilização, também reduz a agitação dos
machos e as fugas. Nas fêmeas, este procedimento cirúrgico, as tornam
mais calmas, evitando que sintam vontade de fugir no período do cio.
Os
cães são animais muito sociáveis. Necessitam de atenção e brincadeiras.
Quando todos os humanos saem e deixam o animal sozinho, ele pode ficar
aborrecido, agitado e frustrado. Despertando, assim, o desejo de fugir
de casa. Para evitar esse comportamento, ele deve ser acostumado desde
pequeno a ficar sozinho. As pessoas devem sair em silêncio, sem se
despedir e ao chegarem em casa, deve-se evitar fazer alarde. Somente um
cumprimento é suficiente, passar a mão no alto da cabeça é uma boa forma
de acaricia-lo, para não gerar um clima de grande ansiedade. Ele
conseguirá aceitar com normalidade a ausência e o retorno, sem sentir
vontade de acompanhá-lo, enfrentando até obstáculos para fugir de casa.
O
cão necessita ser compreendido pelo seu tutor, para se apegar ao local
em que vive, por isto é preciso identificar suas reações:
Latido: difere de uma situação para outra
1 – Quando quer algo: o latido é pausado e tem intervalos grandes. O tom não é estridente.
2 – Quando é um alerta:
Se algum estranho se aproxima, os latidos são altos, pois tudo o que
ele quer é chamar a atenção do seu dono ou dos familiares. Os latidos
são rápidos e insistentes.
3 – Quando é de ataque: O som do latido é alto e ininterrupto. Geralmente o cão além de franzir a cara, ele deixa os dentes à mostra.
Estas
situações se aplicam de modo geral a todos os cães, podendo haver
variações conforme a raça, temperamento e o grau de sociabilização do
cão.
Lambidas
Se o seu cão lhe der uma bela de uma lambida, não brigue com ele, pois ele só está querendo te dar um beijo. É a forma que ele tem de demonstrar o amor dele por você. Repare também, que ele lamberá as partes expostas, como: rosto, mãos, pés ou pernas.
Ficar de barriga pra cima
Esse é o sinal que ele te dá quando está tudo em paz. Eles adotam essa postura diante de outros cães para mostrar submissão e aceitar a superioridade do outro e, também para mostrar que a liderança é sua, ou seja, do tutor ou de quem estiver perto dele.
Balançar o rabo
Na maioria dos casos, é sinal de alegria. Mas preste atenção, pois o sinal de alegria é quando o rabo está balançando, voltado para cima. Caso esteja balançando entre as pernas, significa pedido de ajuda.
Uivar
O cão costuma uivar quando está triste e com fome, mas também o fazem quando está em grupo e quando o tempo está muito quente. Existe o uivo somente do macho, quando está impossibilitado de estar com a fêmea.
Fazer coco ou xixi nas suas coisas
Nessa situação é porque ele está muito zangado com você e quer que você saiba disso. Quando urina pelos cantos da casa, geralmente só está marcando território. Se você reparar, verá que o cão não faz coco perto de onde dorme. Conclui-se que ele não dá um valor positivo às fezes. Por isso mesmo presume-se que se ele faz coco em suas coisas é porque está muito bravo com você. Qualquer repreensão com seu cão, só surtirá efeito no momento, pois passados 2 minutos ele nem entenderá porque você está brigando com ele e isso poderá afetar o relacionamento. Os cães não conseguem entender o significado das palavras. Mas, conseguem perceber os gestos e a postura das pessoas. Quando ele é ignorado ou agredido pelos que convivem com ele, resmungará como se fosse um choro, se sentirá menosprezado e terá tendência a fugir de casa.
Dicas para evitar o desaparecimento
1 – Abrigue seu animal em local arejado, protegido do frio, chuva e do calor excessivo. Coloque trincos seguros nos portões que dá acesso a rua.
2 – Leve o animal para passear sempre com coleira.
3 –
Não permita que o animal desenvolva o mal hábito de passear nas
proximidades de onde mora, fazendo as necessidades fisiológicas na rua,
retornando após á residência. Este animal não está perdido. Ele consegue
até delimitar uma área como seu “território” e dificilmente passará
desse limite, embora sempre exista o risco eminente de desaparecer.
Animais de pouca idade, ou levados por seu tutor para outra região da
cidade, perdem facilmente as referências, podendo sumir ou sofrerem
graves acidentes, pois ficam totalmente desorientados e indecisos.
4
– Identifique o seu animal, com uma plaquinha, usada na coleira, que
funciona como carteira de identidade, com endereço e telefone para
contato. Utilize, se possível, identificação eletrônica individual e
definitiva, por meio de microchip projetado especialmente para uso
animal, inserido subcutaneamente na base do pescoço, na linha média
dorsal, entre as escápulas, por profissional credenciado pelo Conselho
Federal de Medicina Veterinária.
5 – Destine um espaço seguro
(canil) quando precisar prende-lo. Para o animal, qualquer pessoa que
não faça parte de grupo familiar é sempre visto como um estranho que
deverá ser vigiado e repelido. Ele não sabe quem são os amigos ou mesmo
parentes, poderá mudar de comportamento ou aproveitar o descuido de um
portão aberto para fugir.
6 – Por ocasião de queima de fogos de
artifício é aconselhável que ele fique em um lugar tranqüilo e que possa
ter acesso ao seu esconderijo, quando explodirem os rojões. É grande o
número de fugas e o consequente desaparecimento do animal neste período.
7
– Quem tem portão eletrônico, próximo ao local onde o animal fica,
permitindo acesso fácil á rua, deverá providenciar um interruptor, que
ira desligar o sistema de acionamento quando estiver viajando ou a
noite, quando todos estão dormindo. Muitos animais são vítimas desta
falha no sistema que permite que o portão abra, e eles ficam soltos,
ocasionando sérios acidentes ou desaparecimento.
8 – Nunca adote
um animal que parece estar perdido, nem faça doação a terceiros, sem
antes tentar localizar seu verdadeiro dono. Certamente o animal e o seu
dono estão sofrendo muito pela separação. Embora animais perdidos sejam
localizados até 4 km de sua moradia, existem grandes chances de ser um
animal que more nas proximidades de onde foi encontrado. Sendo assim,
comunique seu achado as pessoas próximas do local, os jornaleiros, a
panificadora, clinicas veterinárias e outros locais de grande movimento
de pessoas. Normalmente são esses os locais que os tutores visitam na
tentativa de localizá-lo.
Os defeitos dos nossos cães, inclusive
ser fujão, é nossa responsabilidade e de mais ninguém, por isto todo
cuidado é pouco! Proteger os animais é compreender suas necessidades, é
preciso saber educá-lo para poder desfrutar da sua companhia por muitos
anos.
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