Cão fujão: prevenção é o melhor remédio!


Muitas são as pessoas buscam um cão para servir de companhia. Mas, para que isso não se transforme em uma grande dor de cabeça após o seu desaparecimento, é preciso saber prevenir esta situação. É essencial começar a educá-lo desde o primeiro dia que chegar a sua residência. Deve-se deixar bem claro onde é o seu território, onde ele deve dormir, brincar, comer e fazer as necessidades. Em pouco tempo ele vai começar a demarcar o seu território e reconhecer o local como seu lar.

Do Petnarede

Os cães têm uma enorme necessidade de ter e ver todas as posições hierárquicas claramente definidas e ocupadas. Deverá receber disciplina e ter limites bem definidos, adquiridos através do adestramento adequado, aquele que respeita as características do animal. Cada cão tem seu próprio tempo para entender as instruções. Usar recompensas positivas é uma forma muito eficiente de treinar um cão, muito melhor do que empregar disciplina punitiva. A comida é uma ótima recompensa, tão poderosa que alguns cães vão se esquecer de que estão sendo treinados a fim de recebê-la.

O tutor deve sempre manifestar o seu amor e carinho, isto permitirá que o animal se sinta seguro e feliz na casa onde mora. Palavras de elogio, também funcionam para que ele se adapte ao local. A esterilização, também reduz a agitação dos machos e as fugas. Nas fêmeas, este procedimento cirúrgico, as tornam mais calmas, evitando que sintam vontade de fugir no período do cio.

Os cães são animais muito sociáveis. Necessitam de atenção e brincadeiras. Quando todos os humanos saem e deixam o animal sozinho, ele pode ficar aborrecido, agitado e frustrado. Despertando, assim, o desejo de fugir de casa. Para evitar esse comportamento, ele deve ser acostumado desde pequeno a ficar sozinho. As pessoas devem sair em silêncio, sem se despedir e ao chegarem em casa, deve-se evitar fazer alarde. Somente um cumprimento é suficiente, passar a mão no alto da cabeça é uma boa forma de acaricia-lo, para não gerar um clima de grande ansiedade. Ele conseguirá aceitar com normalidade a ausência e o retorno, sem sentir vontade de acompanhá-lo, enfrentando até obstáculos para fugir de casa.

O cão necessita ser compreendido pelo seu tutor, para se apegar ao local em que vive, por isto é preciso identificar suas reações:

Latido: difere de uma situação para outra

1 – Quando quer algo: o latido é pausado e tem intervalos grandes. O tom não é estridente.
2 – Quando é um alerta: Se algum estranho se aproxima, os latidos são altos, pois tudo o que ele quer é chamar a atenção do seu dono ou dos familiares. Os latidos são rápidos e insistentes.

3 – Quando é de ataque: O som do latido é alto e ininterrupto. Geralmente o cão além de franzir a cara, ele deixa os dentes à mostra.

Estas situações se aplicam de modo geral a todos os cães, podendo haver variações conforme a raça, temperamento e o grau de sociabilização do cão.

Lambidas

Se o seu cão lhe der uma bela de uma lambida, não brigue com ele, pois ele só está querendo te dar um beijo. É a forma que ele tem de demonstrar o amor dele por você. Repare também, que ele lamberá as partes expostas, como: rosto, mãos, pés ou pernas.

Ficar de barriga pra cima

Esse é o sinal que ele te dá quando está tudo em paz. Eles adotam essa postura diante de outros cães para mostrar submissão e aceitar a superioridade do outro e, também para mostrar que a liderança é sua, ou seja, do tutor ou de quem estiver perto dele.

Balançar o rabo

Na maioria dos casos, é sinal de alegria. Mas preste atenção, pois o sinal de alegria é quando o rabo está balançando, voltado para cima. Caso esteja balançando entre as pernas, significa pedido de ajuda.

Uivar

O cão costuma uivar quando está triste e com fome, mas também o fazem quando está em grupo e quando o tempo está muito quente. Existe o uivo somente do macho, quando está impossibilitado de estar com a fêmea.

Fazer coco ou xixi nas suas coisas

Nessa situação é porque ele está muito zangado com você e quer que você saiba disso. Quando urina pelos cantos da casa, geralmente só está marcando território. Se você reparar, verá que o cão não faz coco perto de onde dorme. Conclui-se que ele não dá um valor positivo às fezes. Por isso mesmo presume-se que se ele faz coco em suas coisas é porque está muito bravo com você. Qualquer repreensão com seu cão, só surtirá efeito no momento, pois passados 2 minutos ele nem entenderá porque você está brigando com ele e isso poderá afetar o relacionamento. Os cães não conseguem entender o significado das palavras. Mas, conseguem perceber os gestos e a postura das pessoas. Quando ele é ignorado ou agredido pelos que convivem com ele, resmungará como se fosse um choro, se sentirá menosprezado e terá tendência a fugir de casa.

Dicas para evitar o desaparecimento

1 – Abrigue seu animal em local arejado, protegido do frio, chuva e do calor excessivo. Coloque trincos seguros nos portões que dá acesso a rua.

2 – Leve o animal para passear sempre com coleira.

3 – Não permita que o animal desenvolva o mal hábito de passear nas proximidades de onde mora, fazendo as necessidades fisiológicas na rua, retornando após á residência. Este animal não está perdido. Ele consegue até delimitar uma área como seu “território” e dificilmente passará desse limite, embora sempre exista o risco eminente de desaparecer. Animais de pouca idade, ou levados por seu tutor para outra região da cidade, perdem facilmente as referências, podendo sumir ou sofrerem graves acidentes, pois ficam totalmente desorientados e indecisos.

4 – Identifique o seu animal, com uma plaquinha, usada na coleira, que funciona como carteira de identidade, com endereço e telefone para contato. Utilize, se possível, identificação eletrônica individual e definitiva, por meio de microchip projetado especialmente para uso animal, inserido subcutaneamente na base do pescoço, na linha média dorsal, entre as escápulas, por profissional credenciado pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária.

5 – Destine um espaço seguro (canil) quando precisar prende-lo. Para o animal, qualquer pessoa que não faça parte de grupo familiar é sempre visto como um estranho que deverá ser vigiado e repelido. Ele não sabe quem são os amigos ou mesmo parentes, poderá mudar de comportamento ou aproveitar o descuido de um portão aberto para fugir.

6 – Por ocasião de queima de fogos de artifício é aconselhável que ele fique em um lugar tranqüilo e que possa ter acesso ao seu esconderijo, quando explodirem os rojões. É grande o número de fugas e o consequente desaparecimento do animal neste período.

7 – Quem tem portão eletrônico, próximo ao local onde o animal fica, permitindo acesso fácil á rua, deverá providenciar um interruptor, que ira desligar o sistema de acionamento quando estiver viajando ou a noite, quando todos estão dormindo. Muitos animais são vítimas desta falha no sistema que permite que o portão abra, e eles ficam soltos, ocasionando sérios acidentes ou desaparecimento.

8 – Nunca adote um animal que parece estar perdido, nem faça doação a terceiros, sem antes tentar localizar seu verdadeiro dono. Certamente o animal e o seu dono estão sofrendo muito pela separação. Embora animais perdidos sejam localizados até 4 km de sua moradia, existem grandes chances de ser um animal que more nas proximidades de onde foi encontrado. Sendo assim, comunique seu achado as pessoas próximas do local, os jornaleiros, a panificadora, clinicas veterinárias e outros locais de grande movimento de pessoas. Normalmente são esses os locais que os tutores visitam na tentativa de localizá-lo.

Os defeitos dos nossos cães, inclusive ser fujão, é nossa responsabilidade e de mais ninguém, por isto todo cuidado é pouco! Proteger os animais é compreender suas necessidades, é preciso saber educá-lo para poder desfrutar da sua companhia por muitos anos.

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