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| Uma das representações egípcias da deusa-felina Bastet | 
Os antigos egípcios tratavam com muito zelo da
 mumificação de seus animais, da mesma forma que faziam com seus reis e 
familiares, revelou um estudo publicado na revista científica britânica 
Nature..
 Um número ainda não identificado de mamíferos, pássaros e répteis foram
 mortos e mumificados como oferendas aos deus que representavam, um 
culto que tomou vulto a partir de 1.400 anos a.C, sob o reinado do faraó
 Amenhotep III. 
A deusa Bastet, por exemplo, era representada pelo gato, o deus Hórus, 
pelo falcão ou pelo babuíno, Thoth pela ave íbis, Sobek, por um 
crocodilo, e assim por diante. 
Tantos animais foram preservados que muitos estudiosos presumiram que, 
para atender à demanda, os egípcios utilizavam um processo de 
mumificação relâmpago, no qual essencialmente, envolviam o corpo da 
criatura com bandagens de linho grosso e depois o emergiam num tanque de
 resina antes que morresse. 
Não era assim, segundo uma equipe de químicos britânicos. Eles aplicaram
 a cromatografia e a espectrometria, as mais modernas ferramentas de 
medicina forense - para obter um rastreamento químico dos tecidos e 
envoltórios dos gatos, falcões e íbis mumificados entre os séculos XIX e
 IV a.C.. Eles descobriram que os mumificadores usavam cuidadosamente 
uma ampla variedade de substâncias, algumas preciosas e caras, para 
garantir que os restos mortais dos animais perdurassem. As substâncias 
compreendiam óleos, gorduras, betumes, cera de abelhas, pinho e 
possivelmente, resina de cedro. 
"A mistura de bálsamos é de uma complexidade comparável à utilizada para
 mumificar humanos", concluíram os cientistas, cujo estudo foi conduzido
 pelo professor Richard Evershed, da Universidade de Bristol, oeste da 
Inglaterra.
Da AFP 

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